Pesquisa realizada pela Fecomércio mostra que Santa Catarina registrou o terceiro maior avanço do país 2h6y5i

Após dois meses de retração, a intenção de consumo das famílias catarinenses voltou a crescer em abril. A expansão foi de 1,2%, o terceiro maior avanço do país no período, conforme pesquisa divulgada recentemente pela Fecomércio SC.
Segundo o presidente da federação, Hélio Dagnoni, a intenção de consumo dos catarinenses foi na direção oposta da média nacional, que registrou uma retração de 0,4%.
“Apenas sete estados, de um total de 27 unidades federativas, registraram crescimento em abril. E Santa Catarina foi uma delas, com um dos maiores índices. Todos os nossos indicadores apontam que a economia do nosso estado está apresentando grande resiliência, apesar do momento atual conturbado, em um cenário de juros em níveis preocupantes e inflação acima da meta”, diz Dagnoni.
Em termos absolutos, a intenção ção de consumo das famílias catarinenses atingiu 114,2 pontos, segundo o indicador criado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). Valores acima de 100 pontos indicam que as famílias estão satisfeitas com o seu nível atual de consumo.
SATISFAÇÃO COM O EMPREGO TEM QUEDA
De acordo com a pesquisa, a satisfação com o emprego atual recuou 1,8% na comparação mensal e 4,6% na comparação anual, chegando a 126,8 pontos – menor nível do indicador nos últimos 18 meses. A satisfação com a renda também registrou queda. Caiu 2% no mês e 2,1% na comparação anual, mas manteve-se na zona de otimismo em 129,4 pontos.
A economista da Fecomércio SC, Edilene Cavalcanti, acrescenta que o percentual de famílias que acreditam que a situação econômica atual é melhor do que a do mesmo período do ano ado segue superando o daqueles que falam em piora.

“Atualmente, 45,8% dos catarinenses acreditam que a sua situação financeira está melhor agora do que um ano atrás. Aqueles que acreditam numa piora são 36,6%. Já aqueles que falam em estabilidade são 16,4%”, diz Edilene.
BAIXO OTIMISMO NO EMPRESARIADO
Uma outra avaliação da economia, desta vez em termos nacionais, mostra baixo otimismo no setor do varejo. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela CNC, apresentou forte queda em abril, no comparativo com o mesmo mês do ano ado. Houve recuo de 8,2%, puxado principalmente pelo baixo otimismo com as Condições Atuais da Economia. Em relação a março desde ano, o indicador registrou estabilidade, mantendo-se no patamar dos 101,7 pontos.
O levantamento demonstrou, ainda, que as expectativas para os próximos meses também retraíram (0,5% no mês e 8,9% no ano), apesar de ainda permanecerem em nível considerado otimista, com 128,4 pontos. A avaliação sugere que os empresários estão mais preocupados com o presente do que com o futuro imediato.

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